domingo, 11 de novembro de 2007

MULHERES MACHISTAS


Com quanto mais mulheres um homem ficar, melhor para ele pois os amigos vão admira-lo e as garotas desejá-lo. Já com as mulheres a coisa é bem diferente porque se ficarem com um cara por semana serão chamadas de galinhas, vacas, putas e por ai vai...
Que mundo injusto né, como as pessoas são maldosas. Pois é, mas veja só que curioso... quando pensamos nas injustiças da vida e nas maldades da humanidade nunca nos incluimos na conta, nééé? Ou vai dizer que nunca desvalorizou alguma menina só porque ela ficava com vários caras ou porque ela era mais nova que o menino ou ainda uma moça com filho tentando refazer a vida e encontrar um amor?
Isso é que é o pior minhas caras, o machismo não é um defeito exclusivamente masculino, as mulheres cumprem um papel muito importante na sua divulgação e manutenção. Aceitamos como verdade essa ladainha de que homem pode e deve pegar quantas quiser enquanto mulher tem que se preservar pra não ficar "falada"! Mas por que mulher tem essa mania de esculhambar com a outra? Não seria porque essas moças putas enrustidas e mal amadas , na verdade, estão morrendo de inveja da outra que se deu bem por ser uma menina livre de preconceitos heim?! Infelizmente muitas mulheres colaboram com um mundo onde homem pode tudo e mulher pode nada e tudo isso em pleno século 21! (texto do colunista Antonio Prata)

domingo, 21 de outubro de 2007

A BUSCA DA BELEZA: APRECIE COM MODERAÇÃO!



Se Vinicius de Moraes já dizia que a beleza é fundamental, quem haverá de contradizê-lo? A beleza faz bem para os cinco sentidos, e precisa ser buscada e cultivada por todos os sexos e todas as idades. Ela está também ligada à saúde: pessoas saudáveis são mais belas; pessoas feias freqüentemente têm sua vida emocional prejudicada pela aparência física.
O problema começa quando se pensa que beleza física é tudo, quando se quer rivalizar com Afrodite e Adônis, deuses gregos da beleza. Quando se acredita que é vital ser “jovem e belo”, pois o contrário, isto é, “velho e feio” é sinal da morte, simbolizada pelo esquecimento social. A procura desesperada pela beleza pode levar ao desencadeamento de problemas emocionais e até doenças mentais naqueles que são psicologicamente mais frágeis.
Se observarmos como a mídia retrata as mulheres, notamos que as bem-sucedidas de hoje são geralmente magras. Para ter o "corpo certo", muitas delas se apegam e escravizam às indústrias da moda e da dieta, que criam o modelo ideal e depois propagandeiam e vendem este modelo para mulheres de todas as idades e níveis sócio-econômicos. E este trabalho não acaba, pois o padrão muda o tempo todo. Atualmente, o corpo da mulher "tem que ser" magro, sem pêlos supérfluos, desodorizado, perfumado e bem vestido. A mulher que é gorda, portanto, será notada e criticada por isso, tornando-se vulnerável e sofrendo nítida desvantagem nos mercados profissional e amoroso. Entretanto, numa demonstração plena da sua ambivalência, a moral patriarcal tende, por outro lado, a estigmatizar a mulher magra e bonita como vaidosa, fútil, frívola, incompetente, a “bonita e burra”.
Em relação aos homens, o problema é igualmente sério. Ao invés da obsessão pela magreza, como ocorre nas mulheres anoréxicas e bulímicas, aqui se persegue o corpo forte, atlético, viril, símbolo de masculinidade e poder. E assim eles caem na vigorexia ou “complexo de Adônis”, onde não importam mais trabalho, amigos e amores, mas apenas a obsessão pelo corpo perfeito.
É cada vez mais intenso o excesso que vem sendo dedicado ao exercício físico, sobretudo por homens e mulheres que visam desesperadamente alcançar a "forma ideal". Surgem continuamente novas publicações, sob a forma de revistas de fitness, revistas dedicadas a adolescentes, enfatizando as dietas e os exercícios praticados por artistas e modelos. Nos comerciais, então, só existe lugar para o ideal estético, para o corpo perfeito. Ao mesmo tempo, entretanto, assistimos à enorme expansão das redes de fast food, concomitante ao aumento da taxa de obesidade da população. A prevalência dos transtornos alimentares em pessoas jovens pode surgir desse conflito entre cultura e biologia, que alimenta a “cultura do narcisismo”. A existência do "peso ideal" e do "corpo ideal", na nossa cultura, é desencadeadora de depressão e de transtornos alimentares.
Uma doença relativamente recente é a body dismorphic disorder (BDD) ou “dismorfofobia” ou “doença da feiúra imaginária”, que é a preocupação com um defeito imaginário na aparência física (por exemplo um nariz largo, orelhas de abano ou genitais pequenos).
Os sintomas de BDD focalizam-se em diversas partes do corpo, mas 93% envolvem a face ou a cabeça: cabelo, nariz, pele, etc. Com raras exceções, todas as partes preocupantes do corpo parecem normais aos outros. Muitas preocupações são específicas - por exemplo um nariz grande, um lábio torto, uma cabeça com forma de ovo, ou cabelo ralo - mas outras são notavelmente vagas.
Os que sofrem dessa doença gastam muitas horas do dia ansiosos com seus “defeitos”, e alguns dizem que esta preocupação domina suas vidas, pois pensam sobre isso “o dia inteiro, todo dia”. Vários deles checam continuamente suas aparências em espelhos e outras faces refletoras, como pára-choques de carros e janelas de vitrines; outros evitam espelhos; muitos vivem questionando os outros sobre suas aparências. Grande parte deles tenta camuflar o defeito imaginário, deixando o cabelo longo para disfarçar uma barba “assimétrica”, estufando os calções para “aumentar” um pênis “pequeno”, ou armazenando chumaços de papel na boca para alargar um rosto “estreito”. Entretanto, tal comportamento pouco contribui para aliviar a ansiedade e desgosto destas pessoas.
Por tudo isso, buscar a beleza é saudável e fundamental, mas vale também aqui o famoso slogan: “Beleza física: aprecie com moderação!”

Arthur Kaufman
www.jornaldedebates.ig.com.br

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Deusas do feminino e a habilidade do ser


Conhecer as diversas deusas, rever o processo histórico e resgatar a confiança e poder pessoal é uma poderosa arma capaz de aumentar a auto-estima e gerar motivação interna.

Os arquétipos das Deusas, segundo Jung, são fontes dos padrões emocionais de nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos que poderíamos chamar de “femininos”.

Veja agora o quadro das principais Deusas Gregas:

Atenas: Deusa da sabedoria e da civilização
Afrodite:Deusa do amor
Perséfone:Deusa do mundo subterrâneo
Ártemis: Deusa do mundo selvagem
Deméter:Deusa das colheitas
Hera:Deusa dos céus

Enquanto a Mulher-Atenas busca a realização profissional, a carreira, podendo estar envolvida com a educação, a cultura intelectual, justiça social e política, a Mulher-Deméter é uma verdadeira mãe-terra que gosta de estar grávida, de amamentar e de cuidar de crianças.

A Mulher-Ártemis é prática, atlética, aventureira, aprecia a cultura física, a solidão, a vida ao ar livre e os animais. Dedica-se à proteção do meio ambiente, aos estilos de vida alternativos e às comunidades de mulheres. E a Mulher-Perséfone é mediúnica e atraída pelo mundo espiritual, pelo oculto, pelas experiências místicas, visionárias, assim como pelas questões ligadas à morte.

Já a Mulher-Afrodite está voltada principalmente para os relacionamentos humanos, sexualidade, intriga, romance, beleza e inspiração das artes. Diferentemente da Mulher-Hera, que se ocupa do casamento, da convivência com o homem e, quando são líderes ou governantes, com as questões ligadas ao poder.

Como podemos perceber todas essa “deusas” habitam nossa psique e muitas vezes entram em conflito entre si. Esses conflitos internos nos paralisam e nos impedem de tomar decisões e atitudes.

Os homens também são influenciados pela energia das Deusas, pois estas espelham a energia feminina na psique masculina - embora, via de regra, os homens vivenciem-nas como exteriores a si próprios, ou seja, como mulheres pelas quais são atraídos ou pelas quais se sentem fortemente provocados.

Descobrir a capacidade incondicional de amor e o direito de amar, amar-se e ser amada (Afrodite), reconciliar-se com seu feminino, sua mãe interior (Demeter), encontrar o seu lado guerreira (Atena), despertar o seu lado selvagem (Ártemis) ou criança (Perséfone), descobrir sua necessidade de família e tradições (Hera) possibilita que cada um de nós possa resgatar seu poder pessoal e expressá-lo no mundo.

Homens e mulheres ganham força e muitos benefícios ao identificar esses aspectos em si. Experimentam crescimento pessoal e liberação de temores. Sentem a capacidade de procurar soluções criativas para problemas freqüentes e, aparentemente insuperáveis. Aprendem principalmente conhecer, saber e fazer respeitar os valores femininos, assumir compromissos pessoais, inter e intrapessoais.

Uma boa viajem interior e uma poderosa aliança com suas Deusas Interiores!

Autor: Dra. Sandra Regina De Souza
www.sandraregina.med.br

sábado, 30 de junho de 2007

Ser mulher



Nos tempos pré-históricos, antes do advento da escrita vivíamos em uma sociedade matrilinear, ou seja onde a linhagem era definida pela mãe. Nestes tempos as tarefas masculinas e femininas eram muito bem definidas e o poder compartilhado.

Tempos depois instalou-se a barbárie, as aldeias eram invadidas, saqueadas, tomadas e os que sobreviviam, geralmente apenas as mulheres e crianças eram escravizadas. O desejo pelo poder e posse destruiu muitas civilizações e culturas e para isso sufocou a força amorosa do feminino (nas mulheres e nos homens). E nesta briga pelo poder, instalou-se o patriarcado e todos os valores femininos foram repudiados. Na idade média milhares de mulheres foram queimadas nas fogueiras da inquisição. Ou submetiam-se ao poderio da Igreja ou morriam.

O medo tornou-se parte da mulher. Em tempos de guerra, sem os homens que partiam para lutar ou morriam, elas precisavam assumir tarefas que pertenciam aos homens para sobreviver. E o vazio dentro delas crescia a cada dia.

Depois de duas grandes guerras mundiais as mulheres resolveram não mais se submeter ao patriarcado. Levantou-se a bandeira do feminino e começou uma nova batalha onde o homem era o inimigo. Muito foi alcançado. A mulher começou a ter direito a voto, e competir no mercado de trabalho. Mas dentro dela o vazio continuava, pois foi para a luta com o modelo e os valores que não eram seus e sim os valores masculinos, únicos conhecidos e reconhecidos.

Hoje, mais conscientes, perceberam que o inimigo não é o homem, pois ele também está tão ou mais ferido que ela. A luta é contra o patriarcado e não é substituindo por um matriarcado que iremos resolver. Qualquer extremo é desequilibrador.

Integrar o feminino e o masculino dentro de si é o grande desafio da mulher de hoje. Descobrir o que é ser mulher é a nossa proposta neste trabalho.

Autor: Dra. Sandra Regina De Souza
www.sandraregina.med.br