quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lápis é o cosmético multiuso da maquiagem

Item indispensável da nécessaire, o lápis é sinônimo de versatilidade para a maquiagem.

Além de ter o poder de realçar os olhos e dar o toque final ao visual, ele pode ser utilizado para valorizar a boca, definir sobrancelhas e até fazer a função de blush para corar as bochechas.

"Com diversas cores e texturas, ele incrementa desde o make do dia a dia até produções mais elaboradas", explica a maquiadora Janaina Ferreira, do Studio Prime Hair e Beauty, de São Paulo.

A seguir, ela dá dicas de como usar esse produto coringa.


Desenhe o bocão

Para ter lábios dignos de Angelina Jolie, escolha um tom próximo ao do batom e faça o contorno seguindo o traço da boca, aplicando batom e gloss logo em seguida.

Quando for cremoso, o cosmético também pode substituir o batom . "O lápis possui melhor fixação e dura muito mais tempo", explica a maquiadora.


Bochechas coradas

Esqueceu o blush tradicional em casa?

Apostar no lápis de boca é a melhor pedida para acabar com a palidez das bochechas e conquistar um aspecto saudável e natural.

Escolha um lápis com ponta grossa e macia e faça pontos nas maçãs do rosto sobre um creme hidratante.

Utilize os dedos ou uma esponja para espalhar bem o produto.


Arco do triunfo

Invista na sobrancelha bem desenhada para levantar a expressão facial.

Para dar fim às falhas, sem parecer artificial, preencha o local com lápis no tom o mais próximo possível que a da cor natural do cabelo.

Mas, em geral, a melhor pedida para não errar a mão é o produto de cor marrom ou cinza .

"O lápis preto marcará demais, deixando o visual carregado e artificial", afirma Janaína.


Modifique o olhar

- Olhar definido: para ter o mesmo efeito que o delineador, faça um traço com lápis rente aos cílios superiores e por cima da sombra.

- Levante o olhar caído: passe o lápis partindo do meio dos cílios superiores até o canto externo do olho.

- Diminua olhos grandes: com lápis preto, contorne a parte interna dos cílios inferiores.

- Aumente olhos pequenos: use o lápis branco para fazer o contorno interno dos olhos .

- Ilumine o olhar e disfarce olheiras: com lápis branco, faça um ponto de luz no canto interno do olho.


Aposte na textura e cor certas


- Lápis de sobrancelha: deve possuir textura mais seca para evitar borrões. Os tons de marrom são os ideais.

- Lápis de olho: a textura média facilita o contorno. O tom de preto é um clássico para destacar o olhar.

- Lápis de boca: a textura cremosa confere um acabamento mais natural.

Os tons cor de boca e próximos ao do batom são os mais indicados.

Escolha o vestido ideal para o seu corpo

Com a chegada da estação quente, os vestidos ganham o posto de peça coringa do guarda-roupa.

Longos, curtos, estampados, coloridos ou decotados, eles atendem a todos os gostos.

Mas antes de escolher o seu, vale pesar na balança qual modelito mais se adequa ao seu biótipo.

A personal stylist Paola Elide, membro da Association of Image Consultants International (AICI), ajuda na escolha do vestido perfeito para cada corpo, deixando qualquer desculpa inválida para não querer usá-los.

E ela emenda a primeira dica: "seja criteriosa em frente ao espelho para avaliar as áreas do corpo que a peça disfarça ou ressalta", explica Paola.

Peso e altura


Estes dois fatores não podem passar batido.

Mulheres mais altas podem apostar em estampas grandes e listras horizontais mais largas, que não correm o risco de achatar a silhueta.

Já as estampas pequenas, geométricas e listras verticais ajudam a alongar, portanto, são ideais para as mais baixas.

Nada de se esconder por baixo da roupa se está com o peso a mais ou a menos do que gostaria.

Optar por estampas delicadas e cores escuras colaboram para disfarçar visualmente os quilinhos a mais.

Vale também apostar em vestidos com marcação abaixo do seio e também aqueles que tem a saia drapeada, pois não marcam as gordurinhas.

Já as magrinhas ganham mais curvas quando apostam em cores claras e tecidos estruturados.

Os mais leves causam a ilusão de um corpo ainda mais magro.

Seios

A escolha certa de vestido pode valer por uma cirurgia plástica.

Optar por decotes em "V" e fugir dos modelos apertados com cores muito claras irá causar o efeito de seios menores.


Quem tem pouco seio deve optar por golas mais fechadas, dica da personal stylist.

Deixe de lado também vestidos de um ombro só.

"Dê preferência à gola canoa", alerta.

Além disso, vale também ficar atenta à região do busto na escolha do vestido.

Optar por babados e cores quentes, como o vermelho, amarelo e coral, dão mais volume ao corpo.

Ombros


Os ombros muito largos podem ser disfarçados para garantir um visual harmonioso.

Como aconselha Paola, optar por alças médias já faz toda a diferença.

"Mangas curtas ou três quartos também ajudam a disfarçar os ombro", explica.

Um corte mal escolhido ou uma estampa errada podem fazer com que o quadril largo fique ainda maior.

Optar por cortes retos, além de tecidos leves criam o efeito de quadril menor, enquanto tecidos mais encorpados deixam a região do corpo mais volumosa.

"O corte evasê (em formato de "A") também tem o mesmo efeito de aumentar".

Pernas

Pernas muito finas pedem o comprimento do vestido abaixo dos joelhos.

A peça pode apresentar detalhes na parte superior e, principalmente, no colo, para não chamar atenção para as pernas.

"Além disso, usar sapatos amarrados no tornozelo também faz com que as pernas pareçam mais grossas", completa a personal stylist.

Já para pernas grossas demais, a dica é usar tecidos mais soltos e ter o comprimento logo abaixo dos joelhos.

Braços


Se a preocupação é com os braços mais gordinhos, a dica é optar por tecidos fluidos nas mangas e que terminem próximo ao cotovelo.

Mangas mais curtas e com detalhes disfarçam os braços finos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Engatinhar evita problemas de postura na criança

A pressa é sempre dos pais, que não vêem a hora de contar a novidade aos amigos e exibir as habilidades da criança para a família .

Mas o bebê não está nem aí para as expectativas e diverte-se à vontade enquanto engatinha, sem dar a menor bola para os adultos que vibram quando ele fica em pé.

"Esta é uma fase de muitas descobertas para a criança. Ela fica inquieta e curiosa ao extremo", afirma a pediatra (tema.vxlpubt= Pediatra) Fernanda Sancho, uma das coordenadoras do setor no Hospital Villa-Lobos, em São Paulo.

Estranhar as pessoas que não são habituais ao ambiente de casa é outra característica deste período.

"Acontece o que chamamos de sorriso seletivo: em vez de sorrir para qualquer um, a criança guarda esta reação apenas para as pessoas que ela conhece", diz a especialista.

Brincar de esconde-esconde e correr atrás de objetos que são jogados longe são outros passatempos que agradam.

Independência é a palavra-chave desta fase.

Com os movimentos do engatinhar, a criança ganha mais firmeza e também passa a sentar sozinha, sem a necessidade de apoio.

O aumento da firmeza nos braços e nas pernas é um dos principais benefícios dos passeios em quatro apoios.

"Nas semanas em que aprende a engatinhar, os braços e pernas do bebê ainda não estão em sintonia.

Mas, insistindo em manter o equilíbrio, ele logo aprende a coordenar os movimentos e fortalece a musculatura, num exercício importante para conseguir andar dali a pouco" afirma o pediatra Leandro Peyneau, também do Hospital Villa-Lobos.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

VIVER DESPENTEADA

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida nos despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...

O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é bom, engorda. O que é lindo, é caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom nesta vida, despenteia...
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar a pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa ideia usar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa o cabelo irreconhecível...

É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Penteia o cabelo, coloca, tira, compra, corre, emagrece, come coisas saudáveis, caminha em frente, fica séria... e talvez devesse seguir as instruções, mas
quando me darão a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita...
A pessoa mais bonita que posso ser!

O que realmente importa é que ao olhar para o espelho,
veja a mulher que devo ser.
Por isso, a minha recomendação a todas as mulheres:

Entrega-te, Come coisas saborosas, Beija, Abraça, dança, apaixona-te, relaxa, Viaja, pula, dorme, acorda cedo, Corre, Voa, Canta, arranja-te para ficar linda, arranja-te para ficar confortável, Admira a paisagem, aproveita, e acima de tudo,
deixa a vida despentear você!!!!

O pior que pode acontecer é que, rindo, frente ao espelho, você vai precisar
pentear de novo...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aposte no blush para disfarçar imperfeições

A maquiagem é responsável por deixar o visual completo e esconder as imperfeições da pele.
Mas o blush está na lista de produtos que podem trazer ainda mais benefícios para o seu look.

O cosmético pode te ajudar a afinar o rosto, disfarçar o nariz batatinha e deixar o visual muito mais jovem e saudável.

Para conseguir todos os truques do pincel mágico basta acertar na hora da aplicação.
"O blush pode ir muito além de garantir cor às bochechas.

Basta conhecer a técnica para tornar o produto um verdadeiro aliado da beleza", explica a maquiadora Penélope Beolchi.

Rosto fininho

Com a ajuda do blush, dá para conseguir a aparência de um rosto mais fino.
Dessa forma, a pincelada vai ter o objetivo de alongar os traços.

Nos rostos largos, como o oval e o quadrado, aplique o blush com um pincel, de cima para baixo, partindo da orelha até maçã do rosto, na altura da boca.

Uma dica é fazer um biquinho com os lábios para marcar a região das bochechas.

Já os rostos redondos pedem um toque diferente.

"Com o mesmo movimento, devemos passar o produto com mais intensidade nas têmporas", explica a maquiadora.

Nariz batatinha
Nesse caso, o ideal é utilizar um jogo de sombras iluminadoras, porém, o blush em tons escuros também ajuda.

"O nariz 'batatinha' é facilmente disfarçado com a utilização de um tom mais escuro nos cantos das narinas", explica a especialista.

"Outra dica é iluminar outros pontos do rosto, como as têmporas, assim você sobressai outros pontos, disfarçando imediatamente o detalhe do nariz."

A cor certa

Em dúvida de qual cor escolher? Opte para o tom que mais combina com a sua pele.
"Para saber qual é a cor ideal do blush, dê suaves beliscadas na bochecha (quando estiver sem maquiagem) e preste atenção ao tom que aparece naturalmente, pois ele é o mais indicado", diz.

"As mulheres de pele claras costumam ter uma cor rosada; as pálidas, lilás; as negras, pink escuro ou vinho; as de pele marfim, pêssego e as olivas, marrom."

Os tons de blush que puxam para o avermelhado, alaranjado ou bronzeado ajudam a deixar o aspecto mais saudável e, consequentemente, mais jovial.

"Mas vale lembrar que não podemos exagerar na hora da aplicação, caso contrário, a maquiagem ficará pesada e artificial", diz.

No dia a dia

Não sabe como aplicar o cosmético sem cometer deslizes?
A maquiadora ensina.

"Antes de aplicar o blush, dê uma batidinha no pincel para que o excedente do pó caia antes de chegar ao rosto", recomenda.

"A cor do blush suaviza a medida que se pincela o produto de cima para baixo, por isso nunca podemos aplicá-lo de baixo para cima.

À noite dá para optar por carregar um pouco mais no produto, já que a iluminação é menos intensa", sugere a especialista.

Não esqueça

"O uso do blush é essencial após a aplicação da base ou do pó facial.

Ele completa a cobertura da pele, quando ela apresenta imperfeições e elimina o aspecto esbranquiçado e até mesmo pálido, que esses produtos podem proporcionar para pele"

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Desorganizada...


Ser uma pessoa mais organizada emagrece?

Você já parou para pensar como a desorganização à sua volta pode dificultar que você viva de forma mais saudável, com melhor qualidade de vida e possuindo o corpo que você deseja?

O mau gerenciamento do seu tempo ou a bagunça na cozinha ou na sala de jantar pode ter relação direta na maneira como você lida com seu corpo e sua saúde.
Quando resolvemos fazer uma limpeza geral ou colocar as coisas em ordem e eliminar a bagunça , não se trata apenas de jogar coisas fora , mas sim de buscar a vida que você quer viver, a vida que você merece desfrutar. Isto também é verdade quando queremos perder peso: não se trata apenas de jogar alguns quilos fora , mas sim de tentar buscar a vida que desejamos, num corpo que nos faça sentir bem.

Para Peter Walsh, autor Best Seller nos USA, dietas não funcionam. Peter, que pode também ser visto no programa The Oprha Winfrey Show acredita que o segredo para conseguir perder peso é parar de preocupar- se com contagem de calorias e começar a focar em como, porque e aonde você come.Estive recentemente na 20ª conferência da NAPO , Associação Nacional de Profissionais de Organização nos USA. Eram quase 1000 pessoas no evento, sendo 90% do sexo feminino.

Apesar do alto índice de mulheres obesas nos USA, encontrei pouquíssimas “gordinhas” circulando por ali, um sinal talvez, de que a organização contribui mesmo para que tenhamos uma silhueta mais esbelta. Neste evento, Peter Walsh foi um dos palestrantes principais, e eu tive a oportunidade e a satisfação de um dia sentar na mesma mesa a seu lado para o jantar. Pude conversar um pouco com Peter sobre seu mais recente livro “Does This Clutter Make My But Look Fat?”, algo como: Será que esta bagunça está deixando meu traseiro mais gordo? , sem lançamento previsto para o Brasil.

Suas idéias sobre como a desorganização na vida das pessoas pode ter um impacto direto na forma como elas comem e lidam com sua própria saúde, são realmente muito interessantes e vem ao encontro de vários conceitos que temos defendido em nossos treinamentos.

Podemos detectar situações claras onde a desorganização pessoal reflete diretamente no seu peso:

Pular refeições faz você engordar, comer de forma apressada faz você engordar, comer na frente da TV porque a mesa de jantar está sem espaço faz você engordar, comer “junk food” por “falta de tempo” faz você engordar, pedir pizza à noite porque não se organizou para o supermercado, faz você engordar, manter roupas “largas” no armário faz você engordar, manter a despensa desorganizada faz você engordar. Na verdade eu poderia fazer uma lista de algumas páginas, descrevendo atitudes e hábitos, que podem em pouco tempo detonar com seus planos de viver de forma mais saudável.


A bagunça ou a desorganização à sua volta interfere na sua maneira de viver. Dificulta a respiração, dificulta a locomoção, dificulta que você enxergue de forma clara e impede que você fique focada e motivada. Você precisa organizar e limpar externamente, se quiser organizar e limpar- se internamente, obtendo um corpo que a faça sentir-se bem.


Pensando assim, não precisamos de muita análise para concluir porque a maioria das dietas termina em redundantes fracassos. A questão não está no método ou tipo de dieta que se utiliza, mas sim no fato de você organizar-se para segui-la, entender a importância e a qualidade daquilo que come e dar um sentido às suas refeições. Você deve estar consciente quanto à forma que quer viver e quanto ao corpo que deseja e tomar decisões coerentes. Dizer que não tem tempo de fazer exercícios, mas passar diariamente 2 horas na frente da TV ou na sala de bate papo no computador não parece uma atitude coerente, parece?


Outro ponto interessante a ser mencionado é a relação existente entre consumo, bagunça e quilinhos a mais. Nós consumimos (e gastamos) demais, acumulamos coisas demais e comemos (e bebemos) coisas demais.


Mesmo já estando difícil lidar com o acúmulo de coisas em nossas vidas ou com a falta de espaço em nossos armários, continuamos a comprar mais sapatos e camisas. Mesmo com nosso tempo escasso e pressionado, continuamos a assumir compromissos e responsabilidades. Da mesma forma, mesmo estando insatisfeitos com nossos corpos, continuamos a comer desordenada e inadequadamente.

Uma apresentação magnífica que fala sobre os riscos do consumo desenfreado, pode ser encontrada em www.storyofstuff.com , dura 20 minutos, está em inglês mas vale mesmo a pena. É assustador!

Dica: Alguns canais de TV a cabo, como o Futura, estão passando este filme já traduzido


Organizar sua vida x Alimentar-se melhor

  1. Organize sua casa, principalmente sua cozinha, sua geladeira e sua despensa
  2. Tenha um plano de alimentação e organize- se para fazer suas compras de acordo
  3. Organize-se no trabalho e tenha controle sobre seu tempo
  4. Organizar aonde, como e o que você vai comer, é o primeiro passo na direção de obter o seu corpo ideal
  5. Se você tem roupas que nem gosta muito, não usa ou não tem espaço para guardar, livre-se delas.
  6. Tenha claro qual é a sua meta para seu corpo. Se um alimento não atender a esta meta ou ao seu plano, não coma!
  7. A bagunça não é formada de um dia para outro e nem vai desaparecer num estalar de dedos.
  8. Ninguém engorda nem emagrece do dia para a noite.
  9. Se você está acumulando coisas que não usa por razões emocionais, tente entender por que. Medo de perder lembranças? Medo do futuro? Ganhou de presente? Sentimento de culpa?
  10. Viva no presente, não no passado ou futuro. Se você está comendo por razões emocionais, tente entender por que. Raiva? Desespero? Prazer? Medo?
  11. Concentre-se em aproveitar sua próxima refeição e não deixe que qualquer desejo falso a faça desistir.
  12. Se você não fizer da alimentação saudável um modo de vida, vai continuar engordando ou poluindo o seu corpo!
  13. Desfrute e celebre cada espaço que você organizar em sua casa ou onde trabalha. Isso vai ajudá-la a continuar em frente e alcançar suas metas.
  14. Desfrute e celebre cada refeição. Isso vai ajudá-la a relembrar que este momento pode proporcionar mais,além de apenas comida.
    Bem, na minha opinião, se você quiser emagrecer ou simplesmente seguir uma dieta mais saudável, vai precisar em princípio de duas únicas coisas: Atitude e um pouco de organização. Falaremos sobre isso em outro post.

    E aí? O que você acha de tudo isso?

Organize-se, você pode!
José Luiz S.Cunha
http://ozorganize.wordpress.com/

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Maquiagem valoriza o visual de quem usa óculos

Você integra o time das garotas adeptas do óculos de grau?

Se você faz parte do grupo que acha que está fadado à cara lavada, porque acredita que o acessório vai esconder a maquiagem, é hora de mudar de opinião.

Dá para valorizar o rosto e apostar em um visual elegante mesmo com as lentes.

A maquiadora Janaína Raquel Ferreira, do salão Studio Prime, selecionou um conjunto de dicas de make para não deixar o óculos virar um esconderijo da sua beleza e, pelo contrário, conferir mais harmonia ao look.

Ponto de destaque

O passo inicial de qualquer produção, com ou sem óculos, é escolher o que destacar.

De acordo com a maquiadora, em geral, as pessoas procuram destacar os olhos, que ficam atrás da armação.

"Mas é possível chamar a atenção para a boca, valorizando os lábios com o batom ou gloss, por exemplo", explica Janaína.

Vale o cuidado para a pele, que deve estar bonita e uniforme.

Use corretivo para esconder imperfeições e o pó facial para retirar o brilho em excesso.

Já, as sobrancelhas precisam estar bem feitas, já que levantam a expressão facial.

Valorize olhos pequenos

A impressão é que os olhos ficam menores, quando as lentes estão em primeiro plano.

A solução para acabar com essa ilusão é não aplicar o lápis preto na parte inferior das pálpebras (superiores e inferiores).

"O lápis preto deve ser passado na parte externa da pálpebra, rente aos cílios, para aumentar o tamanho dos olhos. Aplicar o lápis branco na parte inferior também ajuda a abrir o olhar", completa.

Cílios em evidência

O rímel tem passagem livre para quem vive com óculos.

Opte por uma escova que atinja o seu objetivo de deixar os cílios mais longos, curvados ou volumosos.

"Prefira uma máscara de secagem rápida para não borrar a lente" aconselha a maquiadora.

Usar o curvex vai deixar os cílios ainda mais definidos.

Invista no traço

O uso do delineador é outra alternativa para que o visual fique destacado, e com naturalidade.

"Ele provoca um resultado ainda melhor que o lápis. Só é preciso prestar atenção no contorno (fino ou grosso) para não carregar a expressão do rosto", diz a maquiadora.

Maquiada durante o dia

Quando o look precisa ser mais discreto, apostar nos tons pastéis, para as sombras, e em tons suaves, para os lábios, é certeza de sucesso.

"O delineador pode aparecer no make com um traço fino, assim valoriza o olhar, e a produção fica natural", explica a maquiadora

Arrasando durante a noite

Se o evento é especial, mas os óculos não podem ficar em casa, não há motivos para se desesperar.

A suavidade do make para o período do dia cede espaço para a maquiagem mais elaborada à noite.

Vale a regrinha de evitar passar o lápis preto na parte interna das pálpebras para não diminuir o tamanho dos olhos, já o delineador pode ganhar um traço mais largo.

Opte por sombras cintilantes (perolada ou prata), escuras (preto e cinza) ou terrosas (marrom e cobre).

Para arrematar o visual, use um pincel ou cotonete e esfume a sombra no canto externo dos olhos.

sábado, 24 de outubro de 2009

Brigas do casal prejudicam os filhos

Muitas pessoas ainda carregam consigo a crença antiga que as crianças não prestam atenção e não percebem o que acontece ao seu redor.

Baseados nessa crença é que muitos casais têm conversas sérias, discussões acaloradas e até agressões físicas na frente das crianças.

Porém, já é sabido e comprovado que as crianças são capazes de compreender tudo o que se passa ao seu redor, além de captar o clima do ambiente no qual estão inseridas.

Ou seja, elas são capazes de perceber se estão vivendo em um local de paz e harmonia, amor ou discórdia, brigas e desunião.

Existem casais que chegam ao ponto de colocar as crianças no meio das chantagens que fazem com o parceiro

(Ex: se você se separar de mim nunca mais verá o seu filho), ou incluí-los na discussão

(Ex: Você está vendo o que o seu pai faz comigo; Não acredita na sua mãe que ela é louca).

Como conseqüência disso os filhos adoecem, ficam agressivos, hiperativos ou apresentam queda de rendimento escolar.

Mas a maioria dos casais dificilmente vê esses problemas como reflexo do relacionamento doentio que vivem e acabam vendo a situação da criança como mais um problema a ser solucionado.

Na ânsia de solucionar esse "novo" problema, os pais procuram profissionais para auxiliar a criança, mas não informam ao profissional a situação familiar, por acreditar que isso "não tem nada a ver; criança não entende nada".

Quais as conseqüências dessa omissão?

Crianças tomando antidepressivos e ansiolíticos fortes e psicólogos procurando distúrbios de atenção inexistentes, entre outros.

Por isso, aqui vai um alerta!

Evite brigar na frente das crianças, ou colocá-las no jogo do casal, porque as crianças têm sim consciência do que se passa ao redor delas, ouvem as brigas dos pais e ficam perdidas quando são levadas a ficar contra o pai ou a mãe.
Brigas na frente de crianças também podem fazer com que os filhos percam o respeito pelos pais, briguem na escola, agridam os colegas e só conversem gritando.

Isso ocorre por que as crianças tendem a reproduzir na rua aquilo que vêem em casa.

Crianças (principalmente as muito pequenas) são como esponjas: captam tudo o que ocorre perto delas, para posteriormente reproduzir esses comportamentos.

É sabido que as crianças sofrem emocionalmente e psicologicamente quando os pais se divorciam, mas muitas vezes é mais saudável e benéfico para elas viver em harmonia com os pais separados, do que em guerra com eles juntos.

É importante que o casal adepto do pensamento "só não nos separamos porque as crianças vão sofrer" reflita sobre isso e pense se as crianças já não estão sofrendo; se elas já não estão apresentando alterações de comportamento como reflexo da falta de entendimento dos pais.

Caso o casal esteja em vias de se separar, procure um especialista para auxiliar a criança nesse processo, e evite compartilhar a sua raiva do parceiro com a criança para que ela não fique confusa ao praticamente ser obrigada a odiar alguém que ama.

Saiba que quem não ama mais aquela pessoa é você, e para os filhos pai e mãe sempre são vistos com amor, admiração e respeito.

Você pode brilhar

Um comercial produzido na Tailândia: É a história de uma menina surda-muda que aprende a tocar violino contra todos os reveses, principalmente de uma colega pianista maldosa. É um comercial de shampoo, da Pantene com a temática "lição de vida", mostrando o que se pode fazer com o coração. Nenhuma referência é feita ao produto
(shampoo) até o fim do comercial: "Você pode brilhar".
A música tema é "Canonin D", de Johann Pachelbel.*

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Caminhos que levam a uma gravidez inoportuna

Uma pesquisa recente, realizada na Universidade Estadual de São Paulo, apontou que, frente a notícia de uma gravidez inoportuna, muitas adolescentes contam que se sentiram felizes com a notícia, apesar da empolgação não passar de um contraditório "fiquei feliz, fazer o que, né?".

A maior parte das entrevistadas não relatou mudança em suas vidas após a gravidez, algumas demonstraram, inclusive, que não tinham qualquer plano de vida, o que se expressou na afirmação preocupante de que "eu não mudei nada na minha vida, eu não tinha plano nenhum".

Estima-se que essas jovens meninas sejam responsáveis por 20% dos partos no país.

E o que é pior: na maioria das vezes, esse tipo de acontecimento está relacionado à falta de informação e à não-conscientização das adolescentes.

Darci Bonetto, da Sociedade Paranaense de Pediatria, explica que muitos fatores interferem para o aumento desses índices.

Entre os principais, destaca as questões econômicas, carência afetiva e a falta de um projeto de vida.

Segundo a pediatra, apesar de atingir distintas faixas da sociedade é a classe mais pobre que apresenta as maiores taxas de gravidez na adolescência.

"Geralmente, por questões financeiras, essas meninas não têm acesso aos métodos contraceptivos e, por muitas vezes estarem fora da escola, ficam mais expostas aos relacionamentos sexuais antes mesmo conhecer o seu próprio corpo", admite.

"Sua vida sua voz"

Neste sábado, dia 26 de setembro, mais de 70 países da Europa, América Latina e Ásia participam do dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência 2009, que este ano tem o tema Sua vida sua voz.

A data é promovida por organizações não governamentais e sociedades médicas internacionais com apoio mundial da Bayer Schering Pharma.

Marcos Ribeiro, professor e consultor em educação sexual e prevenção de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), lembra que os pais exercem um papel importante na formação dos filhos, por isso é interessante que o tema sexualidade seja introduzido nas conversas familiares desde a infância, para que ao chegar à adolescência, o jovem já esteja mais consciente.

"Antes da primeira relação sexual é importante que tanto o garoto como a garota reflitam se estão realmente com vontade ou se estão sofrendo algum tipo de pressão para concluir o ato", observa o especialista.

A relação sexual, muitas vezes, ocorre sem que ambos tenham muito conhecimento, com pouco preparo e cheia de expectativas, tanto para os meninos quanto para as meninas.

Por ser um momento especial, deve ser pensado para que nenhum dos dois se arrependa depois ou no dia seguinte se culpa e sinta medo das consequências.

Pesado demais


Para manter uma relação sexual segura é preciso que os jovens conheçam e usem métodos contraceptivos, isto é a camisinha e a pílula anticoncepcional.

Eles precisam ter plena consciência dos riscos que envolvem uma relação sexual desprotegida, isto é, sem a camisinha, essencial para a prevenção de uma gravidez inoportuna e proteção contra as DSTs.

"É preciso ficar atento, pois nem sempre a conversa com os amigos traz as informações corretas", realça Ribeiro.

Por isso, a leitura de livros, a pesquisa em sites especializados, o bate papo na escola, a conversa com os familiares ou com alguém de confiança é muito importante para o aprendizado e para uma melhor compreensão do tema.

O especialista diz que é preciso conversar claramente.

O tema precisa fazer parte da conversa dos namorados ou mesmo dos "ficantes".

Falando sobre isso, os jovens passam a entender o que o outro pensa e como se comporta seu namorado ou namorada.

Assim, se a garota pensa que a relação sexual só irá acontecer se for com camisinha, durante a conversa ela pode saber se o garoto também possui uma atitude de prevenção correta.

É comum os pais acharem que o assunto é "pesado demais" ou que ainda é cedo para conversar com seus filhos, mas a informação é importante para afastar alguns fantasmas e tirar dúvidas que surgem na cabeça dos jovens.

Outro importante fator, citado por Darci Bonetto, que contribui para a precocidade nas gestações é que a idade da primeira menstruação (menarca) vem se antecipando ao longo dos últimos anos.

Assim, a mudança corporal também se dá mais cedo.

"Some-se a isso o explícito incentivo da mídia (revistas, internet e TV) voltado para a sexualidade e teremos um quadro alarmante", assegura.

A ginecologista Selma Freire alerta que a adolescência é o período em que o útero ainda está em formação e o organismo não está preparado.

"É uma gravidez de risco, pois o bebê pode nascer prematuro, com complicações durante a gestação, principalmente de infecções perinatais", reconhece a médica.

Segundo ela, até o acompanhamento pré-natal, tão importante para garantir uma gestação e um parto sem problemas, é prejudicado na gravidez precoce.

"Muitas meninas demoram para comunicar à família e não fazem o pré-natal ou se fazem é de forma insatisfatória".

O recomendável é acima de seis consultas durante o período.

Números que assustam

Dentre os temas ligados à sexualidade, existem dois que têm preocupado especialmente os educadores e os estudiosos da área: a aids e a gravidez precoce.

Quanto ao HIV, a preocupação se justifica, mas a gravidade da gestação inoportuna ainda não foi claramente entendida pela sociedade brasileira.

Os números são assustadores: por ano, são mais de 600 mil partos de adolescentes.

O que é pior: estima-se que são feitos algo em torno de 500 mil abortos, todos clandestinos e ilegais, uma vez que nossa legislação os proíbe.

Com isso, podemos estimar que mais de um milhão de adolescentes engravide por ano no País.

Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o país onde mais se pratica aborto (10% dos abortos mundiais).

São mais de 13 mil abortos por dia.

Praticados por parteiras e curiosas, ou por médicos em lugares sem a mínima condição de higiene, são muitos os casos em que a mulher sofre seqüelas graves.

Informações desencontradas

Principais causas da gravidez inoportuna:


*
Ausência de diálogo com os pais sobre vida sexual

*
Início precoce das atividades sexuais, por influência da mídia e do grupo de amigos

* Confusão entre amor e sexualidade por parte de ambos os parceiros

* Falta de informações sobre reprodução

* Falta de informações sobre métodos anticoncepcionais

* Resistência ao uso de preservativos

*
Necessidade de auto-afirmação

* Rebeldia contra a família

*
Falta de perspectivas pessoais e profissionais

* Ilusão de que por ser muito jovem ainda não é possível a gravidez

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nutrientes que assinam o sucesso da gravidez


Uma alimentação completa em nutrientes, como vitaminas e cálcio, é essencial à futura mamãe.

Durante a gestação são necessários diversos cuidados que envolvem a alimentação .

"A escolha do cardápio certo durante a gestação permite que o bebê cresça cheio de saúde e também colabora com o bom desenvolvimento da gravidez", afirma a endocrinologista Silvia Mizue Hashimoto Toledo,que preparou o guia de alimentos que você acompanha logo mais.

A boa nutrição combate a deficiência de certos nutrientes na dieta. Isso evita efeitos indesejáveis como anemia e déficits de crescimento e desenvolvimento fetal, além de defeitos do tubo neural.

A gestante necessita de uma dieta equilibrada em proteínas, carboidratos, gorduras além de minerais e vitaminas.

A história de comer por dois não é tão verdadeira assim.

"A grávida, precisa manter uma alimentação saudável. Um adicional de 10 g de proteína por dia, por exemplo, ajuda a construir, regenerar e manter tecidos da mãe e do feto".

Confira a importância de cada nutriente durante a gestação e garanta um desenvolvimento seguro e saudável para sua gravidez e para o filhote:

Proteínas:
Elas são essenciais, responsáveis pelo crescimento celular e pela produção de sangue do feto.

Carne magra, frango, peixe, ovo branco, feijão, tofu e pasta de amendoim são boas fontes.

Carboidratos:
Sabe aquela indisposição comum durante a gravidez?

Os carboidratos podem te ajudam a acabar de vez com ela.

Esse nutriente é responsável pela produção de energia diária e pode ser encontrado em diversos alimentos do dia-a-dia, como pães, cereais, arroz, batata, macarrão, frutas e vegetais.

Cálcio:
Ele é responsável pela função nervosa, pela contração muscular e pelo tecido ósseo do seu filhote.

O cálcio pode ser encontrado em alimentos como leite e derivados (queijos, iogurtes), sardinha, salmão e espinafre.

Ferro:
Além de ser responsável pela produção das células sanguíneas é o ferro que previne a anemia.

Pode ser encontrado em alimentos como carne vermelha, espinafre, cereais e pães ricos em grão integral.

Vitamina A:

É a vitamina que coordena o crescimento ósseo e da pele, além de garantir uma visão saudável para o feto.

Alguns alimentos que possuem grande quantidade de Vitamina A são cenoura, folhas verde escuras, batata doce.

Vitamina C.

É a vitamina responsável pela absorção de ferro, dentes, gengiva e ossos saudáveis.

É encontrada em frutas cítricas, brócolis e tomate.

Ácido fólico
:
Sua principal função é de produzir enzimas, proteínas e sangue.

Pode ser encontrado em vegetais verde-escuro, frutas e vegetais amarelo escuro, feijão, amendoim e nozes.

Gordura:
É responsável pelo estoques de energia corporal e pela produção de hormônios.

A gordura está presente em alimentos como carnes, leite e derivados, nozes, creme de amendoim, margarina e óleo vegetal.

Só não exagere, prevenindo o sobrepeso.

O ideal é limitar o consumo em, no máximo, 30% ou menos do valor total da ingestão calórica diária.

Falta de esperança aumenta risco de derrame em mulheres


Uma recente pesquisa publicada na revista Stroke sugere que mulheres consideradas saudáveis podem apresentar um aumento no risco de derrame, quando apresentam falta de esperança nas metas que querem atingir, seja no ramo profissional, pessoal ou familiar.

O estudo aconteceu com mais de 500 mulheres, com idade média de 50 anos de idade, e que não estavam no grupo de risco para doenças coronarianas.

Para descobrir se a esperança estava presente na vida dessas voluntárias, os pesquisadores fizeram perguntas com base no futuro e nos objetivos pessoais de cada uma, além de medir os sintomas de depressão.

Para verificar o risco de derrame, foram realizados exames de ultras-som com o objetivo de medir a espessura das artérias do pescoço de todas as participantes.

Artérias mais estreitas representam uma maior elevação da pressão sanguínea, tornando muito maior o risco de ocorrer doenças cardiovasculares.

De acordo com os pesquisadores, mulheres sem esperança tinham as artérias do pescoço 0,02 milímetro mais espessas do que as esperançosas.

Eles afirmam que a diferença foi significativa mesmo levando em conta outros fatores de risco coronariano, como idade, raça, renda, fatores de risco para doenças cardíacas e até a depressão.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Eu envelheci.



Um dia desses uma jovem me perguntou como eu me sentia sobre ser velha. Levei um susto, porque eu não me vejo como uma velha. Ao notar minha reação, a garota ficou embaraçada, mas eu expliquei que era uma pergunta interessante, que pensaria a respeito e depois voltaria a falar com ela.

Pensei e concluí: a velhice é um presente. Eu sou agora, provavelmente pela primeira vez na vida, a pessoa que sempre quis ser. Oh, não meu corpo! Fico incrédula muitas vezes ao me examinar, ver as rugas, a flacidez da pele, os pneus rodeando o meu abdome, através das grossas lentes dos meus óculos, o traseiro rotundo e os seios já caídos. E constantemente examino essa pessoa velha que vive em meu espelho (e que se parece demais com minha mãe), mas não sofro muito com isso.

Não trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, e o carinho de minha família por menos cabelo branco , uma barriga mais lisa ou um bumbum mais durinho.

Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais condescendente comigo mesma, menos crítica das minhas atitudes. Tornei-me amiga de mim mesma. Não fico me censurando se quero comer um bolinho-de-chuva a mais, ou se tenho preguiça de arrumar minha cama, ou se compro um anãozinho de cimento que não necessito, mas que ficou tão lindo no meu jardim. Conquistei o direito de matar minhas vontades, de ser bagunceira, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar paciência no computador até às 4 da manhã e depois só acordar ao meio-dia?

Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70 e se, de repente, chorar lembrando de alguma paixão daquela época, posso chorar mesmo!

Andarei pela praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulharei nas ondas e darei pulinhos se quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros.

Eles, também, se conseguirem, envelhecerão.

Sei que ando esquecendo muita coisa, o que é bom para se poder perdoar. Mas, pensando bem, há muitos fatos na vida que merecem ser esquecidos.

E das coisas importantes, eu me recordo freqüentemente.

Certo, ao longo dos anos meu coração sofreu muito. Como não sofrer se você perde um grande amor, ou quando uma criança sofre, ou quando um animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão a força, a compreensão e nos ensinam a compaixão.

Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser forte, apesar de imperfeito.

Sou abençoada por ter vivido o suficiente para ver meu cabelo embranquecer e ainda querer tingi-los a meu bel prazer, e por ter os risos da juventude e da maturidade gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes que seus cabelos pudessem ficar prateados.

Conforme envelhecemos, fica mais fácil ser positivo. E ligar menos para o que os outros pensam.

Eu não me questiono mais.

Conquistei o direito de estar errada e não ter que dar explicações .

Assim, respondendo à pergunta daquela jovem graciosa, posso afirmar: ”Eu gosto de ser velha”.

Libertei-me!

Gosto da pessoa que me tornei.

Não vou viver para sempre, mas enquanto estiver por aqui, não desperdiçarei meu tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupando com o que virá.

E comerei sobremesa todos os dias e repetirei, se assim me aprouver…

E penso que nunca me sentirei só.

Sou receptiva e carinhosa, e se amizades antigas teimam em partir antes de mim, outras novas, assim como você, vêm a mim buscar o que terei sempre para dar enquanto viver: experiência e muito amor…

sábado, 25 de abril de 2009

ACREDITE EM VOCÊ...

Você tem um grande potencial criativo…


Algum tempo atrás ouvi uma história de um homem que inventou um grampo especial para fazer cabelos cacheados; com essa descoberta ficou riquíssimo. Tudo o que fez foi usar dois pedaços de metal que através de um método simples, mas engenhoso, faz com que as pontas se ajustem à pressão. Ainda é utilizado pelas cabeleireiras para enrolar e encaracolar os cabelos de mulheres.

Ele teve que gastar tempo, criatividade, engenhosidade, perícia e aplicar todo seu conhecimento em fazer aqueles dois pedacinhos de metal funcionar. Ganhou fortuna e ao mesmo tempo facilitou o penteado de mulheres em todo o mundo.

E o inventor do clipe usado para prender papel? Ele começou dobrando os cantos dos papéis de carta, rasgava um pedacinho e então os dobrava, fazendo com que as duas folhas se encaixassem e fossem juntamente arquivadas.

Tudo o que fez foi pegar um pedacinho de arame de sete centímetros de comprimento e fazer as dobras necessárias. Era um pedacinho de arame que você e eu desprezaríamos jogando-o no lixo. Entretanto, ele criou o clipe de papel com o qual angariou uma fortuna e facilitou a vida das pessoas.

Um homem chamou um fabricante de refrigerantes, isto no tempo em que só serviam refrigerantes a granel nos balcões das lanchonetes. Chamou os diretores da empresa dizendo que tinha uma idéia com a qual eles ficariam milionários. Só que ele precisava de 75 mil dólares pela idéia.

Conta-se que quando os diretores começaram a ouvir o que ele tinha a dizer, terminaram a reunião dizendo apenas uma palavra: Engarrafe! Daquele dia em diante, aquela empresa de refrigerantes colocou fábricas no mundo todo.

Todo mundo tem dentro de si a semente da criatividade, basta somente despertá-la. Muitas pessoas têm a necessidades e essas podem gerar grandes invenções e revolucionar o mundo e a maneira das pessoas viverem.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tênis x Frescobol (metáfora interessante)

"Depois de muito meditar sobre o assunto, concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.

Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta:
- "Voce crê que seria capaz de conversar com prazer com essa pessoa até sua velhice"?



Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construidas sobre a arte de conversar.

Scheherazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O Império dos Sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.

Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: "Eu te amo..." Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada". É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma".

O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva - que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.

Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...

A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá... Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.

O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha, para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim..."

domingo, 8 de março de 2009

Se os homens menstruassem por Gloria Steinem




Morar na Índia me fez compreender que a minoria branca do mundo passou séculos nos enganando para que acreditássemos que a pele branca faz uma pessoa superior a outra. Mas na verdade a pele branca só é mais suscetível aos raios ultravioleta e propensa a rugas.

Ler Freud me deixou igualmente cética quanto à inveja do pê-nis. O poder de dar à luz faz a “inveja do útero” mais lógica e um órgão tão externo e desprotegido como o pênis deixa os homens extremamente vulneráveis.

Mas ao ouvir recentemente uma mulher descrever a chegada inesperada de sua menstruação (uma mancha vermelha se espalhara em seu vestido enquanto ela discutia, inflamada, num palco) eu ainda ranjo os dentes de constrangimento. Isto é, até ela explicar que quando foi informada aos sussurros deste acontecimento óbvio, ela dissera a uma platéia 100% masculina: “Vocês deveriam estar orgulhosos de ter uma mulher menstruada em seu palco. É provavelmente a primeira coisa real que acontece com vocês em muitos anos!”


Risos. Alívio. Ela transformara o negativo em positivo. E de alguma forma sua história se misturou à Índia e a Freud para me fazer compreender finalmente o poder do pensamento positivo. Tudo o que for característico de um grupo “superior” será sempre usado como justificativa para sua superioridade e tudo o que for característico de um grupo “inferior” será usado para justificar suas provações. Homens negros eram recrutados para empregos mal pagos por serem, segundo diziam, mais fortes do que os brancos, enquanto as mulheres eram relegadas a empregos mal pagos por serem mais “fracas’. Como disse o garotinho quando lhe perguntaram se ele gostaria de ser advogado quando crescesse, como a mãe, “Que nada, isso é trabalho de mulher.” A lógica nada tem a ver com a opressão.

Então, o que aconteceria se, de repente, como num passe de mágica, os homens menstruassem e as mulheres não?

Claramente, a menstruação se tornaria motivo de inveja, de gabações, um evento tipicamente masculino:

Os homens se gabariam da duração e do volume.

Os rapazes se refeririam a ela como o invejadíssimo marco do início da masculinidade. Presentes, cerimônias religiosas, jantares familiares e festinhas de rapazes marcariam o dia.

Para evitar uma perda mensal de produtividade entre os poderosos, o Congresso fundaria o Instituto Nacional da Dismenorréia. Os médicos pesquisariam muito pouco a respeito dos males do coração, contra os quais os homens estariam, hormonalmente, protegidos e muito a respeito das cólicas menstruais.

Absorventes íntimos seriam subsidiados pelo governo federal e teriam sua distribuição gratuita. E, é claro, muitos homens pagariam mais caro pelo prestígio de marcas como Tampões Paul Newman, Absorventes Mohammad Ali, John Wayne Absorventes Super e Miniabsorventes e Suportes Atléticos Joe Namath — “Para aqueles dias de fluxo leve”.

As estatísticas mostrariam que o desempenho masculino nos esportes melhora durante a menstruação, período no qual conquistam um maior numero de medalhas olímpicas.

Generais, direitistas, políticos e fundamentalistas religiosos citariam a menstruação (”men-struação”, de homem em inglês) como prova de que só mesmo os homens poderiam servir a Deus e à nação nos campos de batalha (”Você precisa dar seu sangue para tirar sangue”), ocupariam os mais altos cargos (”Como é que as mulheres podem ser ferozes o bastante sem um ciclo mensal regido pelo planeta Marte?”), ser padres, pastores, o Próprio Deus (”Ele nos deu este sangue pelos nossos pecados”), ou rabinos (”Como não possuem uma purgação mensal para as suas impurezas, as mulheres não são limpas”).

Liberais do sexo masculino insistiriam em que as mulheres são seres iguais, apenas diferentes. Diriam também que qualquer mulher poderia se juntar à sua luta, contanto que reconhecesse a supremacia dos direitos menstruais (”O resto não passa de uma questão”) ou então teria de ferir-se seriamente uma vez por mês (”Você precisa dar seu sangue pela revolução”).

O povo da malandragem inventaria novas gírias (”Aquele ali é de usar três absorventes de cada vez”) e se cumprimentariam, com toda a malandragem, pelas esquinas dizendo coisas tais como:

— Cara, tu tá bonito pacas!
— É cara, tô de chico!

Programas de televisão discutiriam abertamente o assunto. (No seriado Happy Days: Richie e Potsie tentam convencer Fonzie de que ele ainda é “The Fonz”, embora tenha pulado duas menstruações seguidas. Hill Street Blues: o distrito policial inteiro entra no mesmo ciclo.) Assim como os jornais, (TERROR DO VERÃO: TUBARÕES AMEAÇAM HOMENS MENSTRUADOS. JUIZ CITA MENSTRUAÇÃO EM PERDÃO A ESTUPRADOR.) E os filmes fariam o mesmo (Newman e Redford em Irmãos de Sangue).

Os homens convenceriam as mulheres de que o sexo é mais prazeroso “naqueles dias”. Diriam que as lésbicas têm medo de sangue e, portanto, da própria vida, embora elas precisassem mesmo era de um bom homem menstruado.

As faculdades de medicina limitariam o ingresso de mulheres (”elas podem desmaiar ao verem sangue”).

É claro que os intelectuais criariam os argumentos mais morais e mais lógicos. Sem aquele dom biológico para medir os ciclos da lua e dos planetas, como pode uma mulher dominar qualquer disciplina que exigisse uma maior noção de tempo, de espaço e da matemática,
ou mesmo a habilidade de medir o que quer que fosse? Na filosofia e na religião, como pode uma mulher compensar o fato de estar desconectada do ritmo do universo? Ou mesmo, como pode compensar a falta de uma morte simbólica e da ressurreição todo mês?

A menopausa seria celebrada como um acontecimento positivo, o símbolo de que os homens já haviam acumulado uma quantidade suficiente de sabedoria cíclica para não precisar mais da menstruação.

Os liberais do sexo masculino de todas as áreas seriam gentis com as mulheres. O fato “desses seres” não possuírem o dom de medir a vida, os liberais explicariam, já é em si castigo bastante.

E como será que as mulheres seriam treinadas para reagir? Podemos imaginar uma mulher da direita concordando com todos os argumentos com um masoquismo valente e sorridente. (’A Emenda de Igualdade de Direitos forçaria as donas de casa a se ferirem todos os meses : Phyllis Schlafy. “O sangue de seu marido é tão sagrado quanto o de Jesus e, portanto, sexy também!”: Marabel Morgan.) Reformistas e Abelhas Rainhas ajustariam suas vidas em torno dos homens que as rodeariam. As feministas explicariam incansavelmente que os homens também precisam ser libertados da falsa impressão da agressividade marciana, assim como as mulheres teriam de escapar às amarras da “inveja menstrual”. As feministas radicais diriam ainda que a opressão das que não menstruam é o padrão para todas as outras opressões. (”Os vampiros foram os primeiros a lutar pela nossa liberdade!”) As feministas culturais exaltariam as imagens femininas, sem sangue, na arte e na literatura. As feministas socialistas insistiriam em que, uma vez que o capitalismo e o imperialismo fossem derrubados, as mulheres também mens-truariam. (”Se as mulheres não menstruam hoje, na Rússia”, explicariam, “é apenas porque o verdadeiro socialismo não pode existir rodeado pelo capitalismo.”)

Em suma, nós descobriríamos, como já deveríamos ter adivinhado, que a lógica está nos olhos do lógico. (Por exemplo, aqui está uma idéia para os teóricos e lógicos: se é verdade que as mulheres se tornam menos racionais e mais emocionais no início do ciclo menstrual, quando o nível de hormônios femininos está mais baixo do que nunca, então por que não seria lógico afirmar que em tais dias as mulheres comportam-se mais como os homens se portam o mês inteiro? Eu deixo outros improvisos a seu cargo.*

A verdade é que, se os homens menstruassem, as justificativas do poder simplesmente se estenderiam, sem parar.

Se permitíssemos.


— 1978
* Meus agradecimentos a Stan Pottinger pelos muitos improvisos incluídos neste texto.

FONTE:

STEINEM, Gloria. Memórias da Transgressão: momentos da história da mulher no século XX. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1997. p. 416-419.

sábado, 24 de janeiro de 2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Viver o bastante para conhecer o "amor"!



Este é uma propaganda de prevenção de aids - super bem bolada, pois sem dúvida é a história de muitas mulheres...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Que vivan las mujeres!

Que vivan las mujeres que no escuchan canciones románticas,
y las que lloran con ellas también.

Que vivan las mujeres que sueñan con dormir,
y duermen.

Que vivan las mujeres que apagan sesenta velas
porque cumplieron sesenta años.

Que vivan las mujeres que dejaron de ordenar cosas
que los demás desordenaron.

Que vivan las mujeres que tienen hijos,
y las que los perdieron también.

QUE VIVAN!






Que vivan las mujeres que saben que un palmito jamás supera
un pedazo de chocolate.

Que vivan las mujeres que se atreven a vivir.
Las que se atreven a vivir.



A VIVIR!

Que vivan las mujeres que dejaron de preocuparse por lo que piensa el resto,
sin embargo siguen preocupándose de los demás.

QUE VIVAN LAS MUJERES!!

QUE VIVAN LAS MUJERES!!

(Miguel Bosé)

www.medicinaintegrativa.net

sábado, 3 de janeiro de 2009

Quem disse que a paixão só dura dois anos?


Cientistas descobrem que chama cerebral da paixão pode se manter acesa por décadas

Eis uma boa notícia para começar o ano: um estudo apresentado na reunião anual de 2008 da Society for Neuroscience, nos EUA, mostra que o cérebro de pessoas ainda apaixonadas pelo cônjuge em casamentos de cerca de 20 anos de duração responde à pessoa amada com a mesma euforia e empolgação (leia-se "ativação do sistema de recompensa") dos casais recém-apaixonados.

A descoberta, feita pelo grupo da antropóloga Helen Fisher e da neurocientista Lucy Brown, contradiz a visão popular de que a paixão tem data de vencimento: cerca de 18 meses, segundo a imprensa, baseando-se apressadamente em um estudo sobre mudanças no metabolismo de serotonina publicado em 1999.

Helen Fisher não fazia muita questão de discordar, sobretudo devido à sua visão do amor como um vício, uma droga capaz de causar dependência - e as mesmas alterações no cérebro. A antropóloga ficou conhecida por estudos mostrando que a paixão é um estado particular do cérebro de intensa ativação do sistema de recompensa. Esse é o sistema formado por aquelas estruturas, como o núcleo acumbente e a área tegmentar ventral, que sinalizam ao resto do cérebro quando algo interessante acontece, ou tem grandes chances de acontecer, nos dando prazer e satisfação - que por sua vez nos impelem a fazer o que for preciso para que a tal coisa interessante aconteça de novo, e de novo, e de novo.

Assim acontece quando vemos a pessoa por quem nosso cérebro se enamora: os neurônios da área tegmentar ventral ficam excitados e liberam dopamina sobre os do núcleo acumbente - e com isso ficamos eufóricos e altamente motivados a encontrar lugar na agenda, faltar ao trabalho, virar madrugadas, atravessar a cidade a pé e o que mais for necessário para ficar perto daquela pessoa. Na definição de Helen Fisher, a paixão é um estado de motivação elevada, e não uma simples emoção.

E como estado de motivação elevada, ela seria por definição passageira, conforme o cérebro fosse se habituando aos níveis elevados de dopamina associados ao objeto da paixão. Em seu livro "Why we love", Fisher não defendia o prazo de validade de 18 meses a dois anos da paixão - mas também não o refutava. Pelo contrário: no livro, Helen explica como, uma vez passada a novidade e a euforia iniciais, o sistema de recompensa arrefece. Com isso, chega de paixão: nada de arroubos intensos, de grandes esforços, de noites sem dormir. Na melhor das hipóteses, a paixão se transforma em amor (uma hipótese muito boa, por sinal!).

Mas agora ela mesma mostra que isso não é necessariamente verdade: a queda na ativação do sistema de recompensa pelo objeto humano dos nossos desejos não é inevitável, não é inexorável, não é uma consequência da própria paixão. No cérebro de 17 pessoas casadas em média há 20 anos e ainda apaixonadas por seus cônjuges, Fisher, Brown e sua equipe encontraram a mesma ativação forte no núcleo acumbente e no estriado ventral que são típicas dos casais recém-formados, além de ativação em outras áreas do cérebro envolvidas na formação de laços afetivos.

Ou seja: a paixão pode durar e, ao invés de "apenas" se transformar em amor, pode até coexistir com ele. E mais: está ao nosso alcance contribuir para manter acesa a chama cerebral da paixão por anos a fio. Como? Buscando, junto com a outra pessoa, ativar os respectivos sistemas de recompensa ao mesmo tempo, com novidades, diversão, humor, carinho, assuntos interessantes, e... sexo, que continua sendo a mais forte cola social conhecida da neurociência. Assim os cérebros amantes se mantêm motivados um com o outro, pois associam a presença da pessoa amada ao que existe de melhor na face da Terra.

Um feliz 2009 para você, leitor, e que as ativações do seu sistema de recompensa sejam duradouras!
(SHH)

Copyright © 2007, Suzana Herculano-Houzel. All rights reserved.

Fontes:
Acevedo BP, Aron A, Fisher H, Brown LL (2008) Neural correlates of long-term pair-bonding in a sample of intensely in-love humans. Program No. 297.10, Neuroscience Meeting Planner, Society for Neuroscience, Washington: DC.

Marazziti D, Akiskal HS, Rossi A, Cassano GB (1999) Alteration of the platelet serotonin transporter in romantic love. Psychol Med 29, 741-745.

Para saber mais:

Fisher H (2004) Por que amamos: a natureza química do amor romântico. Rio de Janeiro, Record.

Herculano-Houzel S (2008) Fique de bem com seu cérebro. Rio de Janeiro, Sextante.